domingo, 12 de setembro de 2010

INFLAMAÇÃO CÔNICA
A inflamação crônica é considerada uma inflamação prolongada (semanas ou meses) na qual a inflamação ativa, a destruição tissular e a tentativa de reparar os danos ocorrem simultaneamente. Apesar de poder ser a continuação de uma inflamação aguda, a inflamação crônica frequentemente começa de maneira insidiosa como uma reação pouco intensa, geralmente assintomática. Este último tipo de inflamação crônica é a causa de dano tecidual em algumas doenças humanas mais comuns e debilitantes, como a artrite reumatoide, tuberculose e as doenças pulmonares crônicas.

CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
 Nas infecções persistentes por determinados microorganismos, vírus, fungos e parasitos;
 A exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, exógenos ou endógenos;
 Auto-imunidade.
INFLAMAÇÃO AGUDA
A inflamação aguda é uma resposta rápida a um agente nocivo encarregada de levar mediadores da defesa do hospedeiro – leucócitos e proteínas plasmáticas - ao local da lesão.a inflamação aguda possui três componentes principais:
1> alterações no calibre vascular, que leva a um aumento do fluxo samguineo;
2> alterações estruturais na microcirculação, que permitem que proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação;
3> emigração dos leucócitos da microcirculação, seu acumulo no foco de lesão e sua ativação para eliminar o agente nocivo.

ESTIMULOS PARA A INFLAMAÇÃO AGUDA
As reações inflamatórias agudas são desencadeadas por vários estímulos:
 Infecções (bacterianas, virais, parasitarias) e toxinas mocrobianas;
 Trauma (contuso ou penetrante);
 Agentes físicos e químicos.

sábado, 11 de setembro de 2010

HIPERTROFIA
A hipertrofia se refere a um aumento no tamanho das células, resultando em um aumento no tamanho do órgão. O aumento do tamanho das células não é devido a edema, mas à síntese de mais componentes estruturais.as células capazes de se dividirem podem responder ao estresse, sofrendo tanto hiperplasia quanto hipertrofia, enquanto as células que não se dividem sofrem hipertrofia.
O incrível crescimento fisiológico do útero durante a gravidez é um exemplo de um aumento de um órgão induzido por hormônios que resulta tanto da hipertrofia quanto da hiperplasia.
HIPERPLASIA

A hiperplasia é um aumento no numero de células de um órgão ou tecido, geralmente resultando em um aumento do seu volume. Apesar de a hiperplasia e de a hipertrofia serem dois processos distintos, frequentemente ocorrem juntas e podem ser desencadeadas pelos mesmos estímulos externos. A hiperplasia ocorre se a população celular for capaz de sintetizar DNA permitindo, assim, que ocorra a mitose.

HIPERPLASIA FISIOLOGICA
A hiperplasia fisiológica pode ser dividida em:

> Hiperplasia hormonal, a qual aumenta a capacidade hormonal de um tecido quando é necessário;
> hiperplasia compensatória, na qual ocorre aumento da massa tecidual após dano ou ressecção parcial.
Mecanismos provavelmente estão envolvidos em outras situações quando o tecido remanescente cresce para compensar a perda tecidual parcial.

MECANISMOS DA HIPERPLASIA
A hiperplasia é geralmente causada pela produção local de fatores de crescimento, aumento dos receptores de fatores de crescimento nas células envolvidas ou a ativação de determinadas vias de sinalização intracelular.

HIPERPLASIA PATOLOGICA

A hiperplasia patológica é causada pela estimulação excessiva das células-alvo por hormônios ou por fatores de crescimento. a hipertrofia endometrial é um exemplo da hiperplasia hormonal anormal.
Entretanto, a hiperplasia patológica representa um solo fértil onde a proliferação cancerosa pode finalmente ocorrer. A hiperplasia também é uma resposta importante das células do tecido conjuntivo na cicatrização, onde a proliferação de fibroblastos e vasos sanguíneos auxiliam o processo de cicatrização.

sábado, 4 de setembro de 2010

PIGMENTAÇÃO

Os pigmentos são substâncias coloridas, sendo que alguns são constituintes normais das células (p.ex. a melanina), enquanto outros são normais e só se acumulam nas células em determinadas circunstâncias. Eles podem ser exógenos, originando-se fora do corpo, ou endógeno, sintetizados no próprio corpo.
PIGMENTOS EXÓGENOS.
Pigmento exógeno mais comum é o carbono ou a poeira de carvão. Ao ser inalado, ele é capturado pelos macrófagos dos alvéolos e transportado através dos vasos linfáticos para os linfonodos regionais da região traqueobrônquica. O acúmulo desse pigmento escurece tecido pulmonar e os linfonodos envolvidos. A tatuagem é uma forma localizada de pigmentação exógena da pele. Os pigmentos inoculados são fagocitados pelos macrófagos na derme, nos quais permanecem pelo resto da vida. Os pigmentos geralmente não causam nenhuma resposta inflamatória.
PIGMENTOS ENDOGENOS
A lipofuscina é um pigmentoinsolúvel,também conhecida como lipocromo e pigmento de desgaste ou da necescência. A lipofuscina não é nociva para a célula ou para as suas funções. Sua importância esta no fato de ser um sinal indicativo de lesão por radicais livres e peroxidação lipídica. Em seções de tecidos, ela aparece como um pigmento intracitoplasmático marrom-amarelado, finamente granular, geralmente perinuclear é vista em células que estão sofrendo lentas alterações regressivas, sendo particularmente proeminente no fígado e no coração de pacientes idosos ou com destruição severa e caquexia neoplásica.
A melanina é um pigmento endógeno marrom-escuro ou preto que não é um derivado da hemoglobina, formado quando a enzima tirosinase catalisa a oxidação da tiroxina em diidrofenilalanina nos melanócitos.
A hemossiderina é um pigmento derivado da hemoglobina, cuja coloração varia do amarelo-ouro ao marrom, granular ou cristalino, sendo a forma de armazenamento do ferro nas células.

 O excesso local de ferro e hemossiderina são causados por uma grande hemorragia ou varias pequenas hemorragias que acompanham a congestão vascular grave.
 Quando existem razões para a sobrecarga sistêmica de ferro, a hemossiderina é depositada em diversos órgãos e tecidos, uma condição conhecida como hemossiderose.



CALCIFICAÇÃO PATOLOGICA

CALCIFICAÇÃO PATOLOGICA é a deposição anormal de sais de cálcio, juntamente com pequenas quantidades de ferro, magnésio, e outros sais minerais nos tecidos. Existem duas formas de calcificação patológica. Quando a deposição é local, em tecidos em tecidos que estão morrendo, é chamado de calcificação distrófica; ela ocorre apesar de os níveis séricos de cálcio serem normais e também na ausência de alterações no metabolismo de cálcio. Por outro lado a deposição de sais de cálcio em tecidos normais é conhecida como calcificação metastática e quase sempre resulta da hipercalcemia secundaria a algum distúrbio no metabolismo do cálcio.
CALCIFICAÇÃO DISTROFICA
É encontrada em áreas de necrose, seja ela de coagulação, caseosa ou de liquefação, e em flocos de necrose gordurosa enzimática.
Na patogenia de calcificação distrófica, a via final comum é a formação de cristais de fosfato de cálcio na forma de apatita, semelhante à hidroxiapatita dos ossos.
Apesar de a calcificação distrófica poder ser simplesmente um sinal de uma lesão celular prévia, ela geralmente causa disfunção do órgão. É esse o caso da doença valvar calcificada e da aterosclerose.
CALCIFICAÇÃO METASTATICA
Pode ocorrer em tecidos normais sempre que houver hipercalcemia. Existem quatro causas principais de hipercalcemia:
 Aumento da secresão do hormônio da paratireóide com a conseqüente reabsorção óssea;
 A destruição de tecido ósseo que ocorrem nos tumores primários da medula óssea ou metástases ósseas difusas, na aceleração da reposição óssea ou na imobilização;
 Desordens relacionadas à vitamina D;
 Insuficiência renal.

A calcificação metastática pode ocorrer em todo o corpo, mais afeta principalmente os tecidos intersticiais da mucosa gástrica, rins, pulmões, artérias sistêmicas e veias pulmonares.