sábado, 4 de setembro de 2010

PIGMENTAÇÃO

Os pigmentos são substâncias coloridas, sendo que alguns são constituintes normais das células (p.ex. a melanina), enquanto outros são normais e só se acumulam nas células em determinadas circunstâncias. Eles podem ser exógenos, originando-se fora do corpo, ou endógeno, sintetizados no próprio corpo.
PIGMENTOS EXÓGENOS.
Pigmento exógeno mais comum é o carbono ou a poeira de carvão. Ao ser inalado, ele é capturado pelos macrófagos dos alvéolos e transportado através dos vasos linfáticos para os linfonodos regionais da região traqueobrônquica. O acúmulo desse pigmento escurece tecido pulmonar e os linfonodos envolvidos. A tatuagem é uma forma localizada de pigmentação exógena da pele. Os pigmentos inoculados são fagocitados pelos macrófagos na derme, nos quais permanecem pelo resto da vida. Os pigmentos geralmente não causam nenhuma resposta inflamatória.
PIGMENTOS ENDOGENOS
A lipofuscina é um pigmentoinsolúvel,também conhecida como lipocromo e pigmento de desgaste ou da necescência. A lipofuscina não é nociva para a célula ou para as suas funções. Sua importância esta no fato de ser um sinal indicativo de lesão por radicais livres e peroxidação lipídica. Em seções de tecidos, ela aparece como um pigmento intracitoplasmático marrom-amarelado, finamente granular, geralmente perinuclear é vista em células que estão sofrendo lentas alterações regressivas, sendo particularmente proeminente no fígado e no coração de pacientes idosos ou com destruição severa e caquexia neoplásica.
A melanina é um pigmento endógeno marrom-escuro ou preto que não é um derivado da hemoglobina, formado quando a enzima tirosinase catalisa a oxidação da tiroxina em diidrofenilalanina nos melanócitos.
A hemossiderina é um pigmento derivado da hemoglobina, cuja coloração varia do amarelo-ouro ao marrom, granular ou cristalino, sendo a forma de armazenamento do ferro nas células.

 O excesso local de ferro e hemossiderina são causados por uma grande hemorragia ou varias pequenas hemorragias que acompanham a congestão vascular grave.
 Quando existem razões para a sobrecarga sistêmica de ferro, a hemossiderina é depositada em diversos órgãos e tecidos, uma condição conhecida como hemossiderose.



CALCIFICAÇÃO PATOLOGICA

CALCIFICAÇÃO PATOLOGICA é a deposição anormal de sais de cálcio, juntamente com pequenas quantidades de ferro, magnésio, e outros sais minerais nos tecidos. Existem duas formas de calcificação patológica. Quando a deposição é local, em tecidos em tecidos que estão morrendo, é chamado de calcificação distrófica; ela ocorre apesar de os níveis séricos de cálcio serem normais e também na ausência de alterações no metabolismo de cálcio. Por outro lado a deposição de sais de cálcio em tecidos normais é conhecida como calcificação metastática e quase sempre resulta da hipercalcemia secundaria a algum distúrbio no metabolismo do cálcio.
CALCIFICAÇÃO DISTROFICA
É encontrada em áreas de necrose, seja ela de coagulação, caseosa ou de liquefação, e em flocos de necrose gordurosa enzimática.
Na patogenia de calcificação distrófica, a via final comum é a formação de cristais de fosfato de cálcio na forma de apatita, semelhante à hidroxiapatita dos ossos.
Apesar de a calcificação distrófica poder ser simplesmente um sinal de uma lesão celular prévia, ela geralmente causa disfunção do órgão. É esse o caso da doença valvar calcificada e da aterosclerose.
CALCIFICAÇÃO METASTATICA
Pode ocorrer em tecidos normais sempre que houver hipercalcemia. Existem quatro causas principais de hipercalcemia:
 Aumento da secresão do hormônio da paratireóide com a conseqüente reabsorção óssea;
 A destruição de tecido ósseo que ocorrem nos tumores primários da medula óssea ou metástases ósseas difusas, na aceleração da reposição óssea ou na imobilização;
 Desordens relacionadas à vitamina D;
 Insuficiência renal.

A calcificação metastática pode ocorrer em todo o corpo, mais afeta principalmente os tecidos intersticiais da mucosa gástrica, rins, pulmões, artérias sistêmicas e veias pulmonares.

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