segunda-feira, 22 de novembro de 2010

HANSENIASE

A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas na história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.

Com período de incubação que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.


O tratamento e distribuição de remédios são gratuitos e, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, em face do estigma que esta doença tem, não é necessário o isolamento do paciente. Aliás, a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura.

Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições. Entretanto, reações adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, é necessário buscar auxílio médico.


Epidermodisplasia Verruciforme

Também conhecida como doença do ‘homem-árvore’, EV é uma doença hereditária extremamente rara que leva a formação de verrugas na pele que nunca param de crescer. Ela costuma se manifestar entre um e 20 anos de idade e afeta normalmente as mãos e os pés. O único tratamento conhecido é a remoção cirúrgica das verrugas que voltam a crescer em seguida, o que exige cirurgias freqüentes.

Progéria

A Progéria tem origem em um único e pequeno defeito no código genético do bebê, mas tem leva a efeitos terríveis para a vida da criança que geralmente não chega aos 13 anos de idade. Desde os seus primeiros dias seus corpos super-aceleram o processo de envelhecimento por causa de um defeito nas pontas (telômeros) que prendem as fitas de DNA unidas no núcleo das células. Eles sofrem sintomas que incluem calvície, doença cardíaca, osteoporose e artrite. A doença é muyito rara afetando apenas um em cada oito milhões de nascimentos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um quelóide é uma cicatriz que se projeta além da superfície da pele. Quando a pele é ferida, as células se multiplicam para preencher o espaço que ficou vazio devido à morte celular. Quando as células continuam se reproduzindo, mesmo após  o preenchimento deste espaço, o resultado é uma cicatriz hipertrófica ou um quelóide. A cicatriz hipertrófica é uma area lisa, espessa que se restringe ao local da lesão. Esta se reduz após 1 ano ou mais. Um quelóide, porém, pode se extender muito além do sítio da lesão. Os quelóides não regridem espontaneamente.
As pessoas de pele mais escura possuem uma tendência maior a desenvolver quelóides que aquelas de pele mais clara. Há outros fatores importantes envolvidos; por exemplo, a presença de um corpo estranho (p.ex. fio de sutura) que favorece a formação de quelóides. Há também uma história familiar positiva em 5-10% dos  europeus que desenvolveram quelóides. Assim, mesmo pessoas de pele clara que possuam história familiar devem ser cuidadosas. Os quelóides são raros na infância e na velhice, ocorrendo principalmente entre  a puberdade e os 30 anos. As mulheres possuem maior tendência, e os quelóides podem aumentar durante a gravidez. Uma atitude prudente seria evitar-se qualquer cirurgia eletiva ou a colocacão de piercings em pessoas de pele escura, ou que já desenvolveram quelóides no passado.

CANDIDIASE

A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais frequentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos, semelhante à nata do leite. Com frequência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está relacionada com a diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores que predispõe ao aparecimento da infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos (anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos imunosupressivos (que diminuem as defesas imunitárias do organismo), obesidade, uso de roupas justas etc.



HERPES GENITAL

Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é, em geral, mais intensa e demorada que as subsequentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises podem ser desencadeadas por fatores tais como stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo virus e não apresentar ou nunca ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmití-lo a(ao) parceira(o) numa relação sexual.

DiagnósticoO diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico). A cultura e a biópsia são raramente utilizados.
TratamentoNão existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises.



câncer de pênis

O câncer de pênis é um tipo de neoplasia bastante rara, mas está relacionada aos hábitos de higiene e de comportamento sexual, podendo ter sua incidência bastante reduzida com a educação da população. O tratamento também é eficaz, mas é fundamental que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível.



O principal sintoma do câncer de pênis é a presença de uma ferida na pele, na ponta (cabeça) do pênis, ou seja, na glande. Esta ferida, explica o Dr. Gustavo, é pouco dolorosa e por isso se diferencia das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis, como herpes, sífilis, gonorréia, entre outras). "A ferida típica do câncer é mais exuberante e menos dolorida que as provocadas por DSTs", ensina o médico, que complementa dizendo que as feridas do câncer também demoram em cicatrizar. Sempre que houver dúvida, no entanto, o médico pedirá uma biópsia. O especialista insiste que, aparecendo qualquer ferida no pênis, o certo é procurar logo assistência médica. As especialidades mais indicadas são urologia ou oncologia.



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

REPARO
 
Quando uma célula sofre agressão focal, as organelas inviáveis podem ser isoladas num vacúolo limitado por membrana digeridas e eliminadas enquanto as partes perdidas são reconstituidas voltando a célula à sua estrutura normal.

Quando em vez de atingir focalmente as células no seu citoplasma, a lesão causa a perda de muitas células, o reparo é mais complexo e pode assumir uma das duas possibilidades:

  • Se as células parenquimatosas morrem, mas o estroma permanece íntegro, o reparo se faz a partir de células do mesmo tipo das que se perderam, voltando órgão à sua estrutura normal (regeneração);
  • Se o estroma é destruido, o reparo se faz fundamentalmente às custas do tecido conjuntivo (cicatrização).
 
A regeneração promove a restituição da integridade anatômica e funcional do tecido. Todo o procedimento regenerativo se realiza em tecidos onde existem células estáveis,isto é, células que detêm a capacidade de se regenerar através de toda a vida extra-uterina(por exemplo, células epiteliais, do tecido hematopoiético etc.) por intermédio da multiplicação e organização dessas células origina-se um tecido idêntico ao original. Além dessa condição a restituição completa só ocorre se existir um suporte, um tecido de sustentação(como parênquima) subjacente ao local comprometido. Esse tecido é o responsável pela manutenção da irrigação e nutrição do local, fatores essenciais para o desenvolvimento da regeneração dentro dos fatores normais.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Eventos Celulares:extravasamento de leucócitos e fagocitose

Os leucócitos interagem os agentes agressores,destroem bactérias e outros microrganismos e eliminam tecido necrótico e substâncias estranhas.O preço que se paga pela força defensiva dos leucócitos é que eles causar lesão tissular e prolongar a inflamação,já que as substâncias que eles produzem para destruir os microrganismos e tecidos necróticos e substâncias que eles produzem para destruir os microrganismos e tecidos necróticos também podem causar lesão nos tecidos do hospedeiro.
A sequência de eventos na jornada dos leucócitos do lúmen vascular para o tecido intersticial,chamada de extravasamento,pode ser dividida nas seguintes etapas:

* No lúmen:marginação,rolamento e adesão ao endotélio
* Tranmigração através do endotélio(diapese)
* Migração nos tecidos intersticiais em direção ao estímulo quimiotático.
Inflamação Serosa

É um extravasamento exagerado de um fluido diluído que ,dependendo do tamanho da lesão,é derivado do plasma ou da secreção das células mesoteliais que recobrem as cavidades peritoneal,pleural e pericárdica(efusão).A bolha cutânea de uam queimadura ou infecção virótica representa um grande acúmulo de secreção serosa,dentro ou imediatamente sob a epiderme.
ENVELHECIMENTO CELULAR

É o resultado de um declínio progressivo na capacidade proliferativa,e no tempo de vida das células,e o efeito da exposição continuada a influências que resultam no acúmulo progressivo de danoscelular e molecular.Com o envelhecimento ocorrem alterações fisiológicas,eestruturais em praticamente todos os sistemas do corpo.
O envelhecimento individual é muitas vezes,afetado por fatores genéticos,dieta,condições sociais,e a ocorrência de doenças relacionadas ao envelhecimento como aterosclerose,o diabetes e a osteoartrite.
Úlceras

É um defeito local,ou escavação,da superfície de um órgão ou tecido,produzido pela esfoliação(descamação) do tecido inflamatório necrótico.A Úlceração ocorre somente quando a necrose tissular e o processo inflamatório resultante ocorrem em uma superfície ou próximo a ela.Ela ocorre mais frequentemente:(1) na necrose inflamatória da mucosa da boca,do estômago,dos intestinos ou do trato genitourinário;(2) inflamação subcutânea das extremidades inferiores em pessoas idosas com distúrbios circulatórios que os predispõe a necrose extensa.
Durante o estágio agudo,existe um infiltrado polimorfonuclear intenso e vasodilatação nas margens do defeito.Com a cronicidade,as margens da base da úlcera desenvolvem proliferação bibroblástica,cicatrização e acúmulo de linfócitos,macrófagos e plasmócitos.
Reparo dos tecidos:

a) regeneração (substituição das células danificadas)
b) substituição por tecido conjuntivo = fibrose (cicatriz)
Controle do Crescimento Celular Normal –
Estímulos: morte celular, lesões ou deformações mecânicas dos tecidos.
Ciclo Celular e Potencial Proliferativo: G0; G1; S; G2; Mitose.
1. Células lábeis: divisão contínua. Epitélios de superfície; epitélio gastrointestinal colunar e uterino; medula óssea e células hematopoéticas.
2. Células Estáveis (Quiescentes): baixo nível de replicação (necessitam de estímulo). São exemplos: células parenquimatosas (fígado, rim e pâncreas); células mesenquimatosas (fibroblastos e músculo liso) e células endoteliais vasculares.
Obs. A regeneração celular pode não restabelecer a arquitetura original – se houver lesão da membrana basal a estrutura não é refeita originalmente.
3. Células permanentes: células nervosas e células da musculatura esquelética e cardíaca.
Eventos celulares na transmissão neuromuscular

O potencial de ação nervoso se propaga pela fibra nervosa através de uma condução saltatória entre os nódulos de Ranvier até chegar ao ponto onde a fibra motora penetra no músculo. Após este ponto, a fibra nervosa não é mielinizada e o potencial de ação se propaga para os terminais da mesma forma que o faria em qualquer fibra amielinizada.

Os eventos relacionados à liberação de acetilcolina constituem um ciclo . Os passos distintos deste ciclo são enumerados a seguir.
Como acontece com os potenciais de ação comuns, há um pequeno influxo de Ca associado com o potencial de ação do terminal nervoso.
Como a superfície das membranas das vesículas são carregadas negativamente, a entrada de Ca neutraliza as cargas e provoca a aproximação das vesículas para a membrana pré-juncional.
A vesícula, em seguida, se funde espontaneamente com a membrana pré-sinaptica, liberando seu conteúdo de acetilcolina por exocitose.
A membrana da vesícula, agora incorporada na membrana pré-sinaptica, é tracionada de volta para o citoplasma por filamentos contráteis, os quais formam uma cesta ao redor da vesícula vazia.
As vesículas-cesto perdem seus cestos e formam uma cisterna. No interior desta cisterna , a acetilcolina é sintetizada pela ação da colinacetiltransferase, a partir da colina e acetil-CoA.
As vesículas que contém acetilcolina brotam desta cisterna. O ciclo inteiro, do (1) ao (6), é muito rápido e é da ordem de segundos ou no máximo de minutos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ATROFIA

A redução no tamanho da célula devido à perda de substância celular é conhecida como atrofia. Ela representa uma forma de resposta de adaptação e pode culminar em morte celular.
A atrofia patológica depende da causa e pode ser localizada ou generalizada. A seguir as causas mais comuns de atrofia:
> diminuição da carga;
> perda de inervação;
> diminuição do suprimento sanguíneo;
> nutrição inadequada;
> perda da estimulação endócrina;
> envelhecimento;
> pressão.
METAPLASIA

A metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo de célula adulta é substituída por outro tipo de células adultas. Isso pode representar uma substituição de adaptação de células que são sensíveis ao estresse por tipos celulares mais capazes de sobreviverão ambiente adverso.

domingo, 12 de setembro de 2010

INFLAMAÇÃO CÔNICA
A inflamação crônica é considerada uma inflamação prolongada (semanas ou meses) na qual a inflamação ativa, a destruição tissular e a tentativa de reparar os danos ocorrem simultaneamente. Apesar de poder ser a continuação de uma inflamação aguda, a inflamação crônica frequentemente começa de maneira insidiosa como uma reação pouco intensa, geralmente assintomática. Este último tipo de inflamação crônica é a causa de dano tecidual em algumas doenças humanas mais comuns e debilitantes, como a artrite reumatoide, tuberculose e as doenças pulmonares crônicas.

CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
 Nas infecções persistentes por determinados microorganismos, vírus, fungos e parasitos;
 A exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, exógenos ou endógenos;
 Auto-imunidade.
INFLAMAÇÃO AGUDA
A inflamação aguda é uma resposta rápida a um agente nocivo encarregada de levar mediadores da defesa do hospedeiro – leucócitos e proteínas plasmáticas - ao local da lesão.a inflamação aguda possui três componentes principais:
1> alterações no calibre vascular, que leva a um aumento do fluxo samguineo;
2> alterações estruturais na microcirculação, que permitem que proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação;
3> emigração dos leucócitos da microcirculação, seu acumulo no foco de lesão e sua ativação para eliminar o agente nocivo.

ESTIMULOS PARA A INFLAMAÇÃO AGUDA
As reações inflamatórias agudas são desencadeadas por vários estímulos:
 Infecções (bacterianas, virais, parasitarias) e toxinas mocrobianas;
 Trauma (contuso ou penetrante);
 Agentes físicos e químicos.

sábado, 11 de setembro de 2010

HIPERTROFIA
A hipertrofia se refere a um aumento no tamanho das células, resultando em um aumento no tamanho do órgão. O aumento do tamanho das células não é devido a edema, mas à síntese de mais componentes estruturais.as células capazes de se dividirem podem responder ao estresse, sofrendo tanto hiperplasia quanto hipertrofia, enquanto as células que não se dividem sofrem hipertrofia.
O incrível crescimento fisiológico do útero durante a gravidez é um exemplo de um aumento de um órgão induzido por hormônios que resulta tanto da hipertrofia quanto da hiperplasia.
HIPERPLASIA

A hiperplasia é um aumento no numero de células de um órgão ou tecido, geralmente resultando em um aumento do seu volume. Apesar de a hiperplasia e de a hipertrofia serem dois processos distintos, frequentemente ocorrem juntas e podem ser desencadeadas pelos mesmos estímulos externos. A hiperplasia ocorre se a população celular for capaz de sintetizar DNA permitindo, assim, que ocorra a mitose.

HIPERPLASIA FISIOLOGICA
A hiperplasia fisiológica pode ser dividida em:

> Hiperplasia hormonal, a qual aumenta a capacidade hormonal de um tecido quando é necessário;
> hiperplasia compensatória, na qual ocorre aumento da massa tecidual após dano ou ressecção parcial.
Mecanismos provavelmente estão envolvidos em outras situações quando o tecido remanescente cresce para compensar a perda tecidual parcial.

MECANISMOS DA HIPERPLASIA
A hiperplasia é geralmente causada pela produção local de fatores de crescimento, aumento dos receptores de fatores de crescimento nas células envolvidas ou a ativação de determinadas vias de sinalização intracelular.

HIPERPLASIA PATOLOGICA

A hiperplasia patológica é causada pela estimulação excessiva das células-alvo por hormônios ou por fatores de crescimento. a hipertrofia endometrial é um exemplo da hiperplasia hormonal anormal.
Entretanto, a hiperplasia patológica representa um solo fértil onde a proliferação cancerosa pode finalmente ocorrer. A hiperplasia também é uma resposta importante das células do tecido conjuntivo na cicatrização, onde a proliferação de fibroblastos e vasos sanguíneos auxiliam o processo de cicatrização.

sábado, 4 de setembro de 2010

PIGMENTAÇÃO

Os pigmentos são substâncias coloridas, sendo que alguns são constituintes normais das células (p.ex. a melanina), enquanto outros são normais e só se acumulam nas células em determinadas circunstâncias. Eles podem ser exógenos, originando-se fora do corpo, ou endógeno, sintetizados no próprio corpo.
PIGMENTOS EXÓGENOS.
Pigmento exógeno mais comum é o carbono ou a poeira de carvão. Ao ser inalado, ele é capturado pelos macrófagos dos alvéolos e transportado através dos vasos linfáticos para os linfonodos regionais da região traqueobrônquica. O acúmulo desse pigmento escurece tecido pulmonar e os linfonodos envolvidos. A tatuagem é uma forma localizada de pigmentação exógena da pele. Os pigmentos inoculados são fagocitados pelos macrófagos na derme, nos quais permanecem pelo resto da vida. Os pigmentos geralmente não causam nenhuma resposta inflamatória.
PIGMENTOS ENDOGENOS
A lipofuscina é um pigmentoinsolúvel,também conhecida como lipocromo e pigmento de desgaste ou da necescência. A lipofuscina não é nociva para a célula ou para as suas funções. Sua importância esta no fato de ser um sinal indicativo de lesão por radicais livres e peroxidação lipídica. Em seções de tecidos, ela aparece como um pigmento intracitoplasmático marrom-amarelado, finamente granular, geralmente perinuclear é vista em células que estão sofrendo lentas alterações regressivas, sendo particularmente proeminente no fígado e no coração de pacientes idosos ou com destruição severa e caquexia neoplásica.
A melanina é um pigmento endógeno marrom-escuro ou preto que não é um derivado da hemoglobina, formado quando a enzima tirosinase catalisa a oxidação da tiroxina em diidrofenilalanina nos melanócitos.
A hemossiderina é um pigmento derivado da hemoglobina, cuja coloração varia do amarelo-ouro ao marrom, granular ou cristalino, sendo a forma de armazenamento do ferro nas células.

 O excesso local de ferro e hemossiderina são causados por uma grande hemorragia ou varias pequenas hemorragias que acompanham a congestão vascular grave.
 Quando existem razões para a sobrecarga sistêmica de ferro, a hemossiderina é depositada em diversos órgãos e tecidos, uma condição conhecida como hemossiderose.



CALCIFICAÇÃO PATOLOGICA

CALCIFICAÇÃO PATOLOGICA é a deposição anormal de sais de cálcio, juntamente com pequenas quantidades de ferro, magnésio, e outros sais minerais nos tecidos. Existem duas formas de calcificação patológica. Quando a deposição é local, em tecidos em tecidos que estão morrendo, é chamado de calcificação distrófica; ela ocorre apesar de os níveis séricos de cálcio serem normais e também na ausência de alterações no metabolismo de cálcio. Por outro lado a deposição de sais de cálcio em tecidos normais é conhecida como calcificação metastática e quase sempre resulta da hipercalcemia secundaria a algum distúrbio no metabolismo do cálcio.
CALCIFICAÇÃO DISTROFICA
É encontrada em áreas de necrose, seja ela de coagulação, caseosa ou de liquefação, e em flocos de necrose gordurosa enzimática.
Na patogenia de calcificação distrófica, a via final comum é a formação de cristais de fosfato de cálcio na forma de apatita, semelhante à hidroxiapatita dos ossos.
Apesar de a calcificação distrófica poder ser simplesmente um sinal de uma lesão celular prévia, ela geralmente causa disfunção do órgão. É esse o caso da doença valvar calcificada e da aterosclerose.
CALCIFICAÇÃO METASTATICA
Pode ocorrer em tecidos normais sempre que houver hipercalcemia. Existem quatro causas principais de hipercalcemia:
 Aumento da secresão do hormônio da paratireóide com a conseqüente reabsorção óssea;
 A destruição de tecido ósseo que ocorrem nos tumores primários da medula óssea ou metástases ósseas difusas, na aceleração da reposição óssea ou na imobilização;
 Desordens relacionadas à vitamina D;
 Insuficiência renal.

A calcificação metastática pode ocorrer em todo o corpo, mais afeta principalmente os tecidos intersticiais da mucosa gástrica, rins, pulmões, artérias sistêmicas e veias pulmonares.

sábado, 21 de agosto de 2010

NECROSE
A necrose se refere ao espectro de alterações morfologicas que ocorrem após a morte celular em um tecido vivo resultando, em grande parte, da ação progressiva de enzimas nas células que sofreram uma lesão letal (as células fixadas imediatamente estão mortasmas não necróticas). A necrose é o correspondente macroscópico e histologico da morte celular que ocorre devido a uma lesão exógena irreversível. As celulas necróticas são incapazes de manter a integridade das membranas das membranas e seu conteúdo geralmente extravasa; podendo causar inflamação no tecido adjacente.
A morfologia da necrose resulta da desnaturação das proteínas intracelulares e da digestão enzimática da célula.
Algumas necroses:
 Necrose de coagulação;
 Necrose de liquefação;
 Necrose caseosa;
 Necrose gordurosa.
APOPTOSE
A apoptose é a via de morte celular que é induzida por um programa intracelular altamente regulado, no qual as células destinadas a morte ativa enzimas que degradam o seu DNA nuclear e as proteínas citoplasmáticas.A membrana plasmática da célula permanece intacta, mas sua estrutura é alterada de forma que a celula apoptotica se torna um alvo primário da fagocitose. A célula morta é eliminada rapidamente, antes que seu conteúdo possa extravasar e, dessa forma, esse tipo de morte celular não desencadeia uma reação inflamatória pelo hospedeiro. Consequentemente, a apoptose é fundamentalmente diferente da necrose, que é caracterizada pela perda de integridade das membranas, digestão enzimática das células e onde ocorre reação do hospedeiro. Entretanto algumas vezes a necrose e apoptose coexistem, podendo ter algumas características e e mecanismos em comum.

sábado, 14 de agosto de 2010

CAUSAS DAS LESÕES CELULARES
As causas das lesões celulares variam da grande violência física externa, além de causas endógenas, tais como mutações genéticas sutis causando ausência de uma enzima vital que altera a função metabólica normal. A maioria dos estímulos nocivos pode ser agrupada nas seguintes categorias:
Ausência de oxigênio: hipóxia significa deficiência de oxigênio, causando leão celular pela redução da respiração aeróbica oxidativa. Ela deve ser diferenciada da isquemia, que é a perda do suprimento sanguíneo devido à obstrução do fluxo arterial ou redução da drenagem venosa de um tecido. A isquemia compromete não apenas o suprimento de oxigênio mais também de substratos metabólicos, incluindo a glicose, conseqüentemente, tecidos isquêmicos são danificados mais rápidos e severamente do que os tecido hipóxicos.
Agentes físicos: agentes físicos capazes de causar lesão celular incluem o trauma mecânico, temperatura estrema (queimaduras ou frio intenso), mudanças bruscas na presão atmosférica, radiação e o choque elétrico.
Agentes químicos e drogas: Substancias químicas simples como a glicose ou o sal em concentrações hipertônicas podem causas lesão celular diretamente ou pela alteração homeostasia eletrolítica das células. Ate mesmo o oxigênio em altas concentrações é altamente tóxico. Quantidades mínimas de agentes conhecidos como venenos, tais como o arsênico, o cianeto ou os sais de mercúrio, podem destruir um grande numero de células em poucos minutos e horas e causar a morte.
Agentes infecciosos: esses agentes variam de vírus submicroscopicos a grandes solitárias. Entre eles são riquétisia, bactérias, fungos e formas mais desenvolvidas de parasitas.
Reações imunológicas: as reações imunológicas podem, de fato, causar leões celulares. A reação anafilática a uma proteína estranha ou a uma droga é um exemplo importante, e as reações aos auto-antigenos são responsáveis por varias doenças auto-imunes.
Distúrbios genéticos: a lesão genética resulta em um defeito tão grave como uma mau formação congênita associada com a síndrome de Down, causada por uma anormalidade cromossômica, ou tão sutil a ponto de reduzir a vida dos eritrócitos devido a substituição de um único aminoácido na hemoglobina, na anemia falciforme. As variações na composição genética também podem influenciar a sustentabilidade das células a lesões por substancias químicas e outros ataques ambientais.
Desequilíbrios nutricionais: os desequilíbrios nutricionais continuam a ser a principal causa de lesão celular. Deficiências protéico-caloricas causam um numero impressionante de mortes, especialmente na população de baixo poder aquisitivo. Deficiência de vitaminas especifica são encontradas em todo o mundo. Ironicamente, excessos nutricionais também se tornaram causas importantes de lesão celular. Doenças metabólicas como o diabetes também causa lesão celular grave.

MECANISMOS DAS LESOES CELULARES
OS MECANISMOS BIOQUIMICOS RESPONSSAVEIS PELA LESÃO CELULAR SÃO COMPLEXOS. ENTRETANTO, EXISTEM VARIOS PRINCIPIOS QUE SÃO RELEVANTES NA MAIORIA DAS LESÕES CELULARES:
*A resposta celular a estímulos nocivos depende do tipo da lesão, sua duração e sua gravidade. Assim, pequenas doses de uma toxina química ou breve períodos de isquemia podem causar uma leão reversível, em quanto grandes doses da mesma toxina ou uma isquemia mais prolongada podem resultar em morte celular instantânea ou em uma lesão lenta, irreversível, que levara inexoravelmente a morte celular.
*As conseqüências da lesão celular dependem do tipo, estado e grau de adaptação da célula danificada. O estado nutricional e hormonal da célula e suas necessidades metabólicas são importantes na resposta as lesões. A exposição de duas pessoas a concentrações idênticas de uma toxina, como o tetracloreto de carbono, pode não produzir nenhum efeito em uma e morte celular na outra isso ocorre devido a variações genéticas que afetam a quantidade das enzimas hepáticas que convertem o tetracloreto de carbono em metabolitos tóxicos.
*A lesão celular resulta de anormalidades funcionais i bioquímicas em um ou mais componentes celulares essenciais. Os alvos mais importantes dos estímulos nocivos são:
1- A respiração aeróbica envolvendo a fosforilação mitocondrial oxidativa e a produção de ATP;
2- A integridade das membranas celulares, da qual depende a homeostasia iônica e osmótica da célula e de suas organelas;
3- A síntese protéica;
4- O citoesqueleto;
5- A integridade do componente genético da célula.

A SEGUIR DESCREVEMOS CADA UM DOS MECANISMOS RESPONSSAVEIS PELA LESÃO CELULAR INDUSIDA POR DIVERSSOS ESTIMULOS:
>DIMINUIÇÃO DO ATP;
>DANO MITOCONDRIAL;
>FLUXO INTRACELULAR DE CALCIO E PERDA DA HOMEOSTASIA DO CALCIO;
>ACUMULO DE RADICAIS LIVRES DERIVADOS DO OXIGENIO (ESTRESSE OXIDATIVO);
>DEFEITOS NA PERMEABILIDADEDA DA MEMBRANA.